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Projecto Visão Guiné

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O Projecto "Visão Guiné" foi criado em 2010, sob a coordenação do Dr. Luís Gonçalves, com o objectivo de melhorar os serviços de saúde ocular na Guiné-Bissau. Os objectivos não se limitam apenas ao tratamento da patologia oftalmológica mas também, pelas necessidades do país, à formação de oftalmologistas locais. 

A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo, onde a assistência médica é precária, não só pela pobreza existente, mas também pela instabilidade política que o país apresenta, dificultando a intervenção de entidades internacionais. Neste país, existem 3 oftalmologistas e 2 técnicos de ortóptica para uma população de cerca de 1.5 milhões de pessoas. As principais causas de cegueira neste país são a catarata e o tracoma.

O Hospital de Cumura localiza-se a cerca de 10km de Bissau, foi fundado em 1955 por Missionários Franciscanos. Inicialmente destinado ao apoio e tratamento de doentes com lepra, sendo hoje um centro de referência no país para assistência a doentes com VIH, tuberculose multirresistente e paludismo. Foi neste hospital que, durante 15 dias (15 a 30 de Janeiro de 2015), uma equipa de voluntários participou na 5ª Missão Humanitária deste Projecto, realizando consultas, cirurgias e sessões de prevenção primária às populações.

A SPO Jovem falou com alguns desses voluntários, e aqui deixamos o testemunho de Rita Gentil (especialista no Hospital de Braga), Joana Pinto e Ivo Gama (ambos internos no Hospital de Santa Maria, Lisboa), recém-chegados da última missão.


Como soubeste deste projecto?

JP Soube do projecto por acaso ao consultar a página da SPO. Encontrei um separador sobre o projecto, fiquei interessada e enviei um e-mail. O Dr. Luís Gonçalves ficou de me avisar quando houvesse uma próxima missão, e assim foi. Quando recebi a notícia nem hesitei!

RG Soube dele a partir de colegas: o Joel Ferreira já tinha participado e a Joana Neves Martins tinha previsto ir comigo, mas infelizmente não lhe foi possível. Sempre tive esse desejo, mesmo na faculdade já o tinha tentado.


Quais as motivações que te levaram a fazer parte deste projeto?

IG Já há algum tempo que queria fazer parte de uma missão humanitária. A vontade de poder contribuir para melhorar a saúde visual de muitos doentes, vítimas da pobreza e da escassez de recursos médicos de um país como a Guiné-Bissau, assim como da falta de acesso aos recursos da saúde que existem, levou-me a querer fazer parte deste projecto. 

JP Fazer uma missão humanitária sempre fez parte dos meus objectivos e ainda não tinha tido oportunidade de o concretizar. Achei que seria uma oportunidade única de ajudar quem mais precisa e de conhecer uma realidade completamente diferente da nossa. Fiquei particularmente entusiasmada por poder fazê-lo na área da oftalmologia.


Antes de tomares a decisão final, tiveste algum receio?

IG Tive, claro vários medos, relacionados com a possibilidade de contrair doenças infecciosas graves, como a malária, a tuberculose, cólera e outras doenças infecciosas, e mesmo o ébola. No entanto, a vontade em fazer parte desta iniciativa foi mais forte que os medos. Ao fim de uma semana na Guiné-Bissau, o cumprimento das devidas medidas de precaução recomendadas e a informação dada por colegas médicos, que nos acompanham no Hospital de Cumura (uma das quais portuguesa), permitiu vencer esses medos.

JP Não tive grandes receios antes de tomar a decisão. Antes da viagem tive algum receio de possíveis doenças, sobretudo do ébola (por haver casos na vizinha Guiné-Conacri) e da malária. Esses receios dissiparam-se pouco depois da chegada. Tomamos as precauções necessárias, nomeadamente as vacinas recomendadas e o antipalúdico oral, colocamos redes mosquiteiras nas camas e aplicamos repelente. A aplicação do repelente passou a fazer parte da rotina e deixei de me preocupar.


Como foi constituída a equipa e como estava organizada a nível de actividades?

JP A equipa foi constituída por 9 elementos: 3 oftalmologistas, 2 internos de oftalmologia e 4 enfermeiros. Geralmente havia 2 actividades a decorrer: Consulta e Cirurgias. No bloco operatório realizaram-se sobretudo cirurgias de catarata, algumas cirurgias para correcção de triquíase tracomatosa e alguns casos particulares de patologia traumática. 
Na consulta estavam presentes os restantes médicos, além de um ou dois ortoptistas guineenses que faziam a medição da acuidade visual. Tanto no bloco operatório como na consulta estavam presentes médicos guineenses em formação. Por dia foram observados cerca de 100 doentes em consulta e realizadas cerca de 10 cirurgias de catarata. Foram também realizadas 3 acções de formação, uma sobre "Anatomia, Semiologia e Patologias Oftalmológicas" dirigida a médicos, uma sobre "Perimetria Estática Computorizada" para médicos e técnicos de ortóptica e uma sobre "Boas Práticas em Oftalmologia" para enfermeiros e técnicos.


De que forma achas que fazer parte de uma iniciativa deste género, contribui para a formação de um jovem oftalmologista?

IG Permite testar e treinar as capacidades de diagnóstico e de tratamento com recursos mínimos, sendo importante tomar contacto com as realidades e os recursos existentes ao nível da pratica clínica da especialidade nesses países. Permite também realizar cirurgias em doenças que não são tão frequentes em Portugal, como o tracoma. Além disso, dá a oportunidade de participar activamente na formação dos profissionais de saúde, que trabalham nesta área, de modo a contribuir para o desenvolvimento da Oftalmologia em países carenciados em África. 

JP Penso que fazer parte de uma iniciativa deste género não é essencial para a nossa formação mas enriquece-nos a muitos níveis além da oftalmologia. É um privilégio poder ajudar pessoas que tanto precisam de forma voluntária.

RG Não há idade certa ou ideal para um projecto desta envergadura. Tem de haver vontade. Enquanto jovens, ela pode ser maior e, como muitas coisas na vida, quanto mais cedo as conhecermos, melhor estaremos preparados pessoal e profissionalmente para o futuro.


Que experiências ou "imagens" levas contigo para casa?

IG Levo comigo a imagem de uma missão bem sucedida, que superou as minhas expectativas. Retenho várias recordações positivas, como a do sorriso dos doentes após cirurgia de catarata, e que mostra bem a importância da ajuda humanitária ao nível da Oftalmologia na Guiné, sendo essencial a continuidade desta presença, para ajudar mais e mais pessoas a sair da cegueira. 

JP Levo comigo uma imensidão de imagens que me vão acompanhar certamente durante muitos anos. É uma experiência indescritível, só passando por ela!


Se gostarias também de participar numa destas missões, contacta-nos para mais informações (spojovem@gmail.com).


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Elementos que integraram a 5ª Missão Humanitária do Projecto Visão Guine.
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